Mulher sem espelho

terça-feira, 27 de maio de 2008

Não há verbo, pátria, bandeira ou qualquer outra ocasião que faça resplandecer os devaneios da juventude.
O penar da moça com tranças. Trancafiou a verdade, para saltitar nas línguas que desfazem o intimo do publico. Permanece inverno e deita-se na cama de pregos; para figurar justiça em espaços gradeados.
Com as mesmas palavras dos falsos sábios, profere discursos das pessoas que acumulam meia leitura dos rodapés.
Sombreia os homens, que não preencheram as lacunas da infância. Chora em cima dos lençóis com sêmen. Eis a única lembrança das paixões fugazes e sem luz que ornamentam sua cama fria de madeira pálida; como seu pensar numa viela turva da Cidade sem moldura.
Narra ao pó, suas tramas que cozeu para derramar tempestades e pragas nos pares onde é a ausência.

2 comentários:

Igor Garcia disse...

Ahã....dá para traduzir com palavras mais inteligíveis para mim? ;-)

Eu vi o blog que vc me mandou! Odiei! Na verdade adorei odiá-lo, porque estava puto naquele momento e me ajudou muito! Muito obrigado!!!

Po nega o cara dá nome para os posts de sonhos dele de "outro sonho", "outro sonho", "outro sonho"! Caralho! Por isso ninguém le!!!!

Bjs n'alma!!!

Eduardo Ferreira disse...

essa mulher não está sem espelho algum... eles apenas não refletem suas sombras.

esse penúltimo parágrafo foi de tirar o fôlego.