Amor platônico.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O movimento ligeiro dos seus pés me fez lembrar uma ciranda. Com muitas pessoas a dançar de forma hipnótica, com vestes coloridas, gargalhadas despudoradas e a vontade de ficar até o amanhecer.
Despertei desse sonho. Eram 8:00 da manhã de uma segunda - feira e a vaga lembrança de seus lábios já espantou o cinza que adornava meu coração. Azul e azul, assim se manteve o riso, contrário às tempestades alheias. Mesmo com texto não tendo sentido e com a visão embaçada pelo efeito da alegria desmedida, o correr dos ponteiros perdeu o sentido.
A cada lembrança do seu tímido sorriso, uma nuvem pousava em minha face. E as palavras tornaram-se insuficientes. Para demonstrar o meu afeto por você.

Read more...

Amigos...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008


O se deixou levar por um novo navio utópico.
A Juliana bordou estrelas para salvar os inocentes, Gláucia retomou a alegria de ser ela mesma, sem máscaras e tantas dores nas costas. Tao abriu um cinema no cimento, Tiago e Jose são bons alicerces, Ivi é a tia do Universo e da festa.
Ah, Jobson pariu o novo mundo.
Bia zela pelo jardim auto-gestionário, Pedro construtor de sonhos e Xamã da Vila.
Igor tornou-se o tempo, e ensina às crianças a nunca perderem a vontade de continuar sem tantas complicações.
Rodrigo do Ó ficou perdido na floresta dos sem ninguém e renasceu sã. Milita de forma afetuosa, mas sem perder o foco.
Luizinho, Tati e Leo não distinguem mais as vidas de outras coisas, vêem o mundo como uma grande cozinha. Em suas veias circulam poesia, luta e amor.
Luciana e Lourdes compartilharam paciência, simplicidade e ainda sim continuaram fortes como bambu. Guardiãs do bom viver!
Orlando queimou seu deserto, inovou em termos, afogou na imensidão vermelha os venenos que ingeria. Deu movimento e concretude para seu caminhão de idéias.
Pedrinho se fundiu com a luz e virou música, para ser a força que move as ações.
Mira: uma estrela que não cega e luta não só por ela. Coragem e estratégia num só ser, coisa rara!
Glauber e Lygia – Licença poética, mar, deuses, chuva, vento e sementes. Resultado disso: Seres ensolarados e caminhos sem pressa.
Gabi reabriu as janelas dos sonhos impossíveis. Amou até sangrar, colheu os silêncios, vagou, sambou e deixou a solidão na esquina vendaval.
Marcelo e o silêncio, disseram tudo. Deixou um hiato; que refinado hoje é amizade.
Thiago e Carlos Contente são artistas sem muralhas e mofos, que possuem os artífices quadrados.
Ana é a fibra que faz vibrar os corações endurecidos.
Nico: um pássaro, com as asas afiadas e agilidade sem estardalhaço.
Luiza desabrochou no Inverno. Reinventa o mundo para os pequeninos.
Mariluce recria as letras, libertou o papo fraco e cheio de pudor, que ficou engavetado no caixa dos botecos.
O Sexo é tão profundo e saudável, que se pode falar alto sem olhares punitivos.
Lucia é a guerrilheira mais humana, ri e ama com certeza, como Che Guevara.
Cássio, João e Mephisto abrigam: Comunistas e sonhadores remendados. São livros não acabados, amores para sempre.
A Palestina, após litros de sangue derramado; é um imenso território. Nele cabem: Judeus e outros indivíduos semimortos pelas guerras.

Read more...

Instantes

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Essa poesia, é uma parceria com o rapaz, que escreve nesse blog.

Escrever assim triste pode não ser a melhor maneira de refazer o cotidiano ou repensar como salvar os outros, das ira dos Deuses.

A mirar o infinito, no final dos nossos pés, fito um quadro de Frida Khalo; dentro de mim um grito e imagens despedaçadas da minha solidão; antecipada e profetizada, por lábios, tingidos de fel.

Livros queimados, por leituras atentas e mãos aflitas, por compreender como unir letras e a realidade. Enquanto isso, no meu ventre sonhos e dores se encontram para dançarem a valsa da despedida e minutos depois o sangue escorreu e um vento forte abriu a janela, que já se encontrava entreaberto como o suspiro de meus olhos.

O respirar tornando-se canção no ritmado desespero de meu peito, era o final palpável da busca por uma rendição dos meus receios, esses agora que parecem tão pequenos, diante da confirmação de que deveria entender que espelhos existem nos olhos de todos que nos cercam.

Que o vento mova meus pêlos, mesmo os mais ínfimos espalhados pelo antebraço, cílios, ventre e púbis. Nessa dança eu sorrio pelo arrepiar da pele que corre contrariada a lembrança dos toques do passado, que não poderiam mais desejar, cobiçar ou humilhar a pele que esfria.

Read more...