Pequenas composições

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Paixão armada, escondida no armário. Despudorada e encantada com o horizonte aos seus pés.
Uma poesia no cabelo, o chuveiro quebrado e você no meio dos pratos.
Prantos no chão
Susto e cara de assombro.
Corações adormecidos nas panelas pseudo-modernas.
Chaminés.
Meio fio do poeta, ranger da falta de inspiração. Na madrugada com escritos talhados em seu corpo nú. Após o enlace, devagar rabisco os lábios febris e permaneço de pé na janela.
Sóis cobrem o amargor das dores, que valsam no céu invertido ao olhar dos meninos cegos.

3 comentários:

Fabio Rocha disse...

Belas linhas no pano de seu texto! Beijos

Eduardo Ferreira disse...

ai essa menina que no seu minimalismo poético chama de pequena essas enormes e belas composições.