Teatro cotidiano.

domingo, 10 de agosto de 2008


Sim. É isso, resolvi escrever, por que é mais que vício ou qualquer outra paixão anônima, no redemoinho dos sentimentos sem essência.
Cada espaço em branco – um banco na espera do vocábulo órfã de sentido.
Os dedos deslizam no afã, de alcançar o pique do coração; que guarda os passos dos moços desalinhados.
Os olhos seguem a fumaça, em busca do sabor da infância que sempre vem à tona, nos momentos em que é mãe.
Segura a barra da saia. Chora no pano de prato. Ensaia os beijos em cima da panela de feijão.
Afia a faca, mas corta o pedaço de frango. Pois já aguaram, seus planos e ainda resta esperança na ponta dos pés.
Sangra o segredo, na sacola de plásticos. Enquanto abre a lata de remédios, que curam a azia do dia com poucas vírgulas e nenhum ponto.

2 comentários:

Eduardo Ferreira disse...

aquele nariz quebrado não era engraçado e o olho roxo muito menos uma maquiagem.
ela se foi e buscou ser um novo papel que combine mais, ela própria, livre do receio de andar sozinha.

quanto a ele? estava em prantos em um lugar ao som que rolava na rádio

"não chore homem, não chore homem..."

Alana Wenu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.