Pequenas composições

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Paixão armada, escondida no armário. Despudorada e encantada com o horizonte aos seus pés.
Uma poesia no cabelo, o chuveiro quebrado e você no meio dos pratos.
Prantos no chão
Susto e cara de assombro.
Corações adormecidos nas panelas pseudo-modernas.
Chaminés.
Meio fio do poeta, ranger da falta de inspiração. Na madrugada com escritos talhados em seu corpo nú. Após o enlace, devagar rabisco os lábios febris e permaneço de pé na janela.
Sóis cobrem o amargor das dores, que valsam no céu invertido ao olhar dos meninos cegos.

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Pés num riacho.

sábado, 14 de junho de 2008

A tristeza triturou os olhos; vozes embargadas e flores murchas sobre a mesa.
Na porta, a solidão esperava com um riso largo.
Cansada...Muito cansada da vida pequena, de clamores presos no peito e com um terno nó na garganta. Por mim partiria com poucas roupas na mala e levaria também paz de espírito.

Trovoadas estremecem a cabeça, enquanto os amores se esfarelam, nos breves intervalos a essência do que eu era me aproxima da velocidade do bater das assas de um beija – flor.

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