Ressaca moral
domingo, 29 de março de 2009
Um texto sem frescor, as palavras cálidas na imensidão. Verbos gastos e o medo de queimar o dom e emanar desgostos.
A madrugada abençoe aqueles, que repudiam os que tramam contra injustiçados e pelos que constroem castelos no ar.
Uma vida vasta, sentimentos e dores indisfarçáveis com gradação rosáceas. Enquanto lágrimas desbravam a face empedrada, daquela que remoia maus agouros, com mantras e a espada de São Jorge.
Textos telegrafados, garrafas no fim da odisséia bêbada e palavras soldadas, com aço e fagulhas vindas do coração.
Para tecer doces textos, há que se perdurar a dúvida e o prazer pós-gozo.