Instantes

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Essa poesia, é uma parceria com o rapaz, que escreve nesse blog.

Escrever assim triste pode não ser a melhor maneira de refazer o cotidiano ou repensar como salvar os outros, das ira dos Deuses.

A mirar o infinito, no final dos nossos pés, fito um quadro de Frida Khalo; dentro de mim um grito e imagens despedaçadas da minha solidão; antecipada e profetizada, por lábios, tingidos de fel.

Livros queimados, por leituras atentas e mãos aflitas, por compreender como unir letras e a realidade. Enquanto isso, no meu ventre sonhos e dores se encontram para dançarem a valsa da despedida e minutos depois o sangue escorreu e um vento forte abriu a janela, que já se encontrava entreaberto como o suspiro de meus olhos.

O respirar tornando-se canção no ritmado desespero de meu peito, era o final palpável da busca por uma rendição dos meus receios, esses agora que parecem tão pequenos, diante da confirmação de que deveria entender que espelhos existem nos olhos de todos que nos cercam.

Que o vento mova meus pêlos, mesmo os mais ínfimos espalhados pelo antebraço, cílios, ventre e púbis. Nessa dança eu sorrio pelo arrepiar da pele que corre contrariada a lembrança dos toques do passado, que não poderiam mais desejar, cobiçar ou humilhar a pele que esfria.

4 comentários:

Mah disse...

lindo lindo lindo

beijos do cerrado

Vinicius disse...

ahnn eu prefiro as alegres rsrs

Igor Garcia disse...

Me apaixonei pela dança mas não me preocupo tanto com os espelhos: eles só refletem o reflexo. O inverso, o avesso, o convexo são poucos os que enxergam! ;-)

Bjs n'alma!