Escrita no dia 14/06/08
O dia em que a liberdade, deixou de ser um sonho utópico e distante, chovia há dois dias e eu sentada em frente à janela, só pensava no momento em que sol retornaria e a rotina cretina voltasse a reinar.
Pois, não é que de repente ela reapareceu vestida de azul e com um batom vermelho, em seus lábios trêmulos, bateu na vidraça e aguardou que eu abrisse a porta. Demorei, refleti e levei exatamente quinze minutos para, levantar e permitir que ela adentrasse o lar. Ela logo tratou de sentar, na única poltrona que tinha na sala e começou a questionar em alto e bom som, quando eu começaria a soltar–me das correntes imaginárias, que já há dois séculos, atrapalhavam o amadurecer dos frutos, que o subconsciente cultivava com todas as pompas.
No início, me mantive concentrada nessa figura inesperada e depois, que ela fez essa pergunta fiquei amedrontada, pois, jamais alguém, tinha ido tão fundo a ponto, de eu ficar uma hora e meia para responder a uma questão, que para outro indivíduo que vive de forma rasa... A resposta viria sem o sujeito pestanejar.
Mas o sentimento, eram que de que todos os Mares, tinham se instalando em cada centímetro do corpo e rasgava os mais indesejáveis segredos.
Senti o chão rachar, um calor insuportável e senti uma lágrima brotar e não dirigi uma palavra sequer a ela, somente vez ou outra a olhava e via toda a minha vida refletida em seus olhos grandes e castanhos.
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